quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Que tal uma "revolução" que interesse a maioria das pessoas?


Que tal uma "revolução" que interesse a maioria das pessoas?

Revolução só se faz na insatisfação, com barriga vazia, com guerra declarada, na miséria humana. Hoje os operários não são mais mão de obra para a revolução, estão assistindo o seu futebol na sua tv de plasma de Trocentas polegadas e tomando sua cervejinha de boa.

Então vamos parar com essa putaria de uma vez por todas caralho. Quer mão de obra pra sua revolução sem sentido prático e de um romantismo piegas e inocente de dar dó? Vai até a prisão e diga aos presos que eles estão lá pois a eleíte branca foi quem os colocou atrás das grades, quem sabe esses bandidos sirvam de "companheiros" para essa revolução que ninguém se interessa mais, nem mesmo os operários e metalúrgicos, essa é a real.

 Está mais que na hora dos "revolucionários" procurarem uma saida que realmente mude as coisas pautando-se na realidade, e não num movimento que só existe nos livros e que já não cabe na cabeça da maioria das pessoas. única coisa se consegue com esse tipo de reunião de jovem abobados é queimar ainda mais o filme do pessoal que já tá com o mesmo torrado.



Com a música a reflexão é a mesma. Nas décadas de 50, 60 e 70 os movimentos revolucionários musicais eram reflexo de uma sociedade em crise onde direitos humanos eram ignorados, a desigualdade racial e social eram visíveis e a guerra do Vietnã era combatida pelos Hippies e a contra-cultura que exercia seu papel com atributos artísticos onde refletiam a realidade da sociedade daquela época com suas insatisfações, e foram exatamente essas insatisfações que criaram os maiores movimentos culturais da história da humanidade.

 E por isso pergunto a vocês: Qual o último movimento musical realmente importante depois do Grunge dos anos 90?

 _NENHUM!!!

 Isso porque a sociedade ocidental encontra-se em sua maioria em uma de suas maiores "zonas de conforto' já vividas pela raça humana, com alimento em abundancia, guardadas é claro as devidas proporções. Hoje as insatisfações não são mais as mesmas, não são mais as maiorias das barrigas que gritão de fome, não existem mais os escravos que plantavam algodão no Mississipi onde criaram o Blues que traduziam seus lamentos de dor em canções. Hoje a dor da nova geração e a dor da alma, a dor da fragilidade emocional. Tá aí o EmoCore que não me deixa mentir.

 Para resumir o papo: Sem insatisfação não há revolução, sem fome não tem treta nem porrada, sem operário inglês dos anos 70 a moda do The Clash não tem socialismo...É só entender isso e tudo se esclarece.


Pra pensar, não pra achar que estar certo:

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